sábado, 14 de dezembro de 2013

Índia da cidade grande

Hola molherada!

Novembro, o mês do calmante! 
Há um mês, arrumei um trabalho que me consome mais do que ser mãe, entro as 7, saio as 19h, chego em casa e vivo a pequena, em seguida capotamos juntas apaixonadas na mamada eterna! Nessa até a zumba ficou de lado, pena porque já havíamos eliminados 7kg juntas, bullshit!
Nesse mês que a Lica completou 1 ano, ela tem aprendido a dar seus primeiros passinhos, tão maravilhoso, tão demais, é mágico! Ela diz mamãe com uma facilidade linda, diz vovó, vovô e até de vez em quando saí um POPAI! Repete exatamente TUDO. Nós cantamos, ela canta, nós xingamos, ela xinga também, e até quando rimos, a danada gargalha, como se tivesse entendido tudo que conversamos. Papagaio Alice.
Mãs como eu disse, estou trabalhando, e é incrível como eu havia me desacostumado com o senso crítico das pessoas, é do caralho meio absurdo como as pessoas conseguem te definir em apenas 5min de conversa e decidirem que você é meio E.T.
E assim eu vos apresento a índia Thaís. Ba noite, prazer é meu!
Como já comentei aqui, a Lica segue linda e loira mamando o peitão da mamai, assim que eu chego do trabalho. É tão engraçado que ela simplesmente fica esfregando o rostinho no meu peito até eu dar a ela.
 E aí, que eu trabalho com 20 machos e 4 meninocas na flor da mocidade! Uma delas é casada, uma outra é mãe solteira sim senhor, mas mãe moderna, daquelas que não liga de colocar na escolinha, ou sair e deixar o filho em casa, sabe? Não, nem eu!
Daí que a índia aqui, comentando sobre o orgulho dela em forma de pessoinha, cometeu a gafe de contar que amamenta a filha de 1 ano e 1 mês, pior ainda, comentou que faz comida fresquinha todos os dias pra pequena, mesmo trabalhando quase 12h por dia, e pra cagar o restante da conversa, contou que não dá comida industrializada e muito menos açúcar e foi julgada como aquela que priva a criança de ser criança.
Eu sempre adorei ter amigos homens, sempre me dei MUITO bem com homens, tanto em meus relacionamentos, quanto no quesito amizade. E quanto a machaiada de lá, não recebi sequer um acento em julgamento, muitos deles me apoiaram e ainda complementaram que queriam que as esposas tivessem amamentado os filhos. Mas a molherada, sinceramente, foi extremamente extremista. Não conseguem entender o que é criar com apego, criar com carinho sem forçar um desmame, sem colocar em andador, sem bater. Uma delas deu um tapa na boca do filho de 1 ano e meio, e me contou, escandalizei, achei o cúmulo da falta de amor, ainda contou que sai em plena terça feira pra ir a balada e deixa o filho com a mãe. Sinceramente, eu e o Gu desde que a Alice nasceu podemos contar em uma mão, sem usar todos os dedos, as vezes que saímos para passear sozinhos. Não vejo graça, morro de saudades e preocupação. Sendo mais sincera ainda, até que gostei do "apelidinho", mas quero ser índia da praia, daquelas que vive no mar, caiçarinha mesmo, e tem coisa mai linda? Tem não! Elas não entendem, e eu me preocupo menos ainda em explicar o que eu e minha indinha sentimos! A gente se deixa amar, simples assim!



sábado, 9 de novembro de 2013

362 dias com ela..

Daqui há 3 dias a Alice completará 1 ano.
É simples assim, teoricamente, já na minha mente, tudo tem sido atormentador. 
É claro que eu estou feliz poxa, minha filha está completando 1 ano de vida, 1 ano de sobrevivida, 1 ano acordando todos os dias linda e feliz. Mas vejo os little babys, tão pequenininhos e sinto uma saudade dela naquele tamanhinho. Ninguém entende, porque ainda é tão recente pra eu sentir saudade, mas eu sinto, aliás morro de saudades já. Queria voltar ao início, pode?
Faz tempo que eu não parava para ler as postagens de quando comecei o blog, eu mudei tanto de lá pra cá, me adaptei tanto a ela, mudei hábitos, mudei jeito de ser, paciência, calma, tudo.
Meu parto não foi aquilo que sonhei, nem de longe, mas todo o restante, foi.
Eu lembro de quando ela estava deitada no bercinho que ficava em nosso quarto, e eu havia ido ao banheiro e quando voltei e fui dar a chupeta a ela, ela sorriu, então toda vez que passávamos a chupeta na boquinha dela, ela sorria.
Chupetas e mamadeiras foi algo tão errado também que fizemos no início, ouvir médico é uma droga, eu corria um puta risco de um desmame precoce e nem imaginava.
Eu lembro de como as pessoas relacionavam o choro dela a fome, e eu sabia que não era isso, sabia que era qualquer outra coisa, mas não era fome. Onde já se viu, uma menina gordinha daquele jeito, mamar uma mamadeira de 90ml e 20 min depois chorar, e ser fome? Não era! Briguei e ela decidiu por mim que não queria mais mamadeira, que queria mamar do tetê da mamai. Se apaixonou pelo tetê, e toda a hora que chorava, se não fosse, xixi, se não fosse cocô, era peito. Dor de barriga? Peito. Saudade? Peito. Coçou a orelha, não alcançou? Peito. E foi assim, durante 11 meses and a half.
Ela não dorme, né? Acho que já mencionei isso. Então as pessoas diziam: "ela não dorme, porque mama peito, aí sente fome a noite inteira". Aí tentamos mamadeira algumas vezes, sem sucesso algum. Até que cansei e decidi me informar, entrei no Grupo Virtual de Amamentação, curti a página Solução para noites sem choro (acho que é isso) e me aprofundei. Vi que não dormir varia muito e tem bebês que mamam uma mamadeira inteira e ainda assim acordam a noite inteira. Decidi relaxar, e aceitar que talvez eu não voltasse a dormir de verdade tão cedo. E foi aí que ela passou umas duas semanas dormindo 8h por noite, e quando eu estava quase acostumando, ela voltou a acordar, de início uma vez, aí no dia seguinte duas, e por aí em diante...Alice ri na minha cara, sério.
Em seguida, eu decidi que pararia de pensar em um desmame, com 1 ano, como a grande maioria faz. Decidi que deixaria ela mamar enquanto quisesse, que só iniciaria um desmame caso ela desse indícios de que estava pronta para continuar.
Só que eu disse, ela ri na minha cara, e foi aí, que ela gargalhou.
Briguei com um monte de gente, falei para pararem de opinar na vida da minha filha, que o quanto ela vai mamar, e de onde, nós que devíamos decidir e ninguém mais. E foi aí, que a dona moça decidiu que morder o peito da mãe, portando 6 dentes na boca, seria daora. E aí toda vez que eu tentava amamentar ela, a filha da main me mordia.  Se fosse de madrugada e ela estivesse meio dormindo, aceitava tranquilamente. De dia, de jeito algum, mordia e puxava, sem dó. Fez até ferida no meu bico. Fui no GVAmamentação, perguntei as meninas, e ninguém nunca havia passado por isso. Ninguém nem conseguia entender, afinal eu não dava mamadeira, nem chupeta. Copinhos só de bico duro e sem válvula, what fuck is hapenning?
Comecei a perceber que esses eram os tal indícios que eu havia dito, pesquisei, e puff, nada sobre o assunto. Comecei a introduzir o LV, já que ela estava com praticamente 1 ano e pra minha surpresa, a Alice Ingrata, pegou, mamou 1 mamadeira inteira de 240ml, e a tarde outra, a noite mais uma, e dormiu. E eu? Eu lá, com o peito quadrado de tanto leite, chorando aos cantos de saudade dela mamar. Fiquei hiper triste, mal mesmo. Todo mundo falou que o desmame é uma porcaria pro filho, mas e pra mãe? Cacete ninguém tinha me falado como era triste e decepcionante o sentimento de que ela esta seguindo sem você. Seguimos então, marido, eu, Alice e a biskt da mamadeira pra lá e pra cá. Ô mulherzinha viu!
Esse ano, ela ficou doente 4 vezes, ela aprendeu a sentar, e de repente a engatinhar e dali para começar a ficar em pé foi um pulo. Hoje em dia ela tem andado segurando na nossa mão, mas ainda fica com um medinho. Fica em pé em algum móvel, aii solta as mãos e grita "ÊÊÊÊ" ai senta. Ela sabe que é uma conquista ficar em pé sozinha.
E eu que enrolava em voltar a trabalhar pra ficar com ela, que fingia trabalhar meio período e tals só pra entrar um pouco de money em casa. Puff. Me vi indo fazer uma entrevista na FEMSA, passando no processo seletivo, arrumando os documentos necessários (aliás, que seja dito, foi quase uma caça ao tesouro) e sendo registrada como nova colaboradora oficial da Coca-Cola Brasil. Pra exercer o mesmo que eu já exercia. Só que com algumas coisinhas diferentes. Inclusive, que agora terei um chefe e horários. Aliás é este o motivo desse post que eu planejei há uns três meses, sair 3 dias antes. Há partir de segunda, eu entro as 7h da manhã para trabalhar e saio a hora que Deus decidir. Portanto, no time for party.
Esse ano foi com certeza o melhor da minha vida, nele eu descobri o amor maior do mundo, eu descobri que dormir nem é tão importante assim e que uma pessoa pode te tirar de si e em segundos depois te fazer amar ela, muito mais do que amava antes.
Felizmente, se passou 1 ano do dia em que nós sofremos uma desnecesária, se passou um ano do dia em que eu sai do consultório do médico, com a certeza que teria ela em meus braços a noite. Passou um ano, que eu chorei de felicidade em ouvir o chorinho, que caracterizou seu nascimento. Foi definitivamente a melhor coisiquinha loira que aconteceu na minha vida.
Obrigada por me proporcionar a felicidade de ser sua main pequena, de ser sua mamai.

Ps: Eu não dou açúcar pra ela, nem nada que contenha açúcar, o Smash foi feito somente para diversão e para brincarmos com ela, que por sinal, ADOROU!

Um batcho

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Maternidade ao contrário

Esse não é mais um texto clichê sobre aquilo que não contam da maternidade, até porque acho que já fiz um desse. Esse é um post escrito pelo celular enquanto fico ao lado da alice para que ela durma pelo menos um pouco, já que a fada do sono, ta derrubando esse pózinho beeeem longe daqui, provavelmente ela tenha tropeçado e derramado tudo em mim. A questão é: Como ser paciente e amorosa depois de não dormir por exatos 15 meses da sua vida? Sério gente, como cês guentam? Digo isso porque não durmo desde o 5° mês de gestação e to casmorrendo. Aliás como faz para capotar? Sabe? Dormir de verdade, se desligar de tudo, nao cusigo mais.
Mas aí ela vem com aquele sorriso e faz uma gracinha que aiai me quebra por inteira e eu viro gelatina (Mais?)
A Alice em agosto descobriu o que é engatinhar, e a partir daí eu me despedi do que restava das minhas costas e do meu joelho, e acho que agora tenho cifose. Mas que a verdade seja dita, é a coisa mais linda do mundo. Cês tão vendo o que acontece?
Ao mesmo tempo em que ela me tira de centro, ela me traz de volta com um simples olhar. Tá errado issae.
Sabe, agora ela apronta demais mesmo, pra caramba, o tempo todo, eaí eu tenho que mostrar que sou mãe e ela é filha e que ela vai me obedecer. Aí eu me imponho 'NÃO ALICE, NÃO NÃO' e ela chora, e eu quase morro de ver ela triste, porque né tão quiniquiquinha, dói lá no fundo. É pra ser assim mesmo? tá certo o jeito que eu tô fazendo? Aiai ainda morro com essa bipolaridade materna.
E aí 5 segundos após o castigo/choro, ela faz tudo de novo, isso umas 30 vezes por dia, isso porque eu trabalho TODO dia até as 14h, sem almoço e nem café pra não perder tempo, e depois corro pra casa pra ficar com ela, porque to quase morrendo de tanta saudade. Ser pai é tão mais simples. Enquanto eu trabalho, todo meu pensamento esta em voltar para vê-la, e eu falo dela, mostro foto, vejo foto, vejo vídeo, tudo para minimizar aquele aperto de saudade. Enquanto os homens ficam lá na boa, conversando, sem preocupação, dormindo, coçando, ajeitando, aiai. Ah só pra constar que já que a fada do sono não quis comparecer, a dos dentes decidiu fazer o trabalho por duas e de quebra mandou 3 dentes de uma vez, todos nasceram lindos e brancos.
Aiai...vida minha tão linda vivida num pinguingo de gente tão belo.

Alguém me ensina a me importar menos com tudo a minha volta?

Meu amor, meu eterno amor, é tudo por você, é tudo pra você pequena.

Um batcho

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Meu caso com o Cesar e a Ana

Pra todos que me conhecem pessoalmente, sabem que eu tenho todo um senso natureba e amor imenso pelo meio ambiente. Adoro tudo que resume a simplicidade das coisas. Adoro o mar, adoro a areia, adoro a grama, adoro animais, na verdade não entendo até hoje da onde tirei que eu queria trabalhar com marketing, veterinária/bióloga enrustida aqui, OI GENTE?
Mas sou assim, gosto mesmo do natural.
E como já dito aqui, desde que descobri que eu estava grávida queria um parto NATURAL, daqueles sem anestesia sabe? Que o bebê sai pela vagina, dos gritos incessantes, das dores imensas, daqueles que ao final de tudo, você mesma pega o seu bebê e morre de amoralegriafelicidade maior do mundo? Vocês se lembram desse parto? É um parto que antigamente era super tradicional. E existia um outro, feito em casos de EXTREMA necessidade, quando a mãe ou o bebê REALMENTE corriam riscos de vida. Aquele em que a barriga da mulher precisa ser cortada em 7 camadas, do repouso extremamente necessário e nunca cumprido para a recuperação dos pontos, aquele que multiplica as chances de morte caso feito fora de necessidade, aquele em que não respeita o tempo do bebê que passa por cirurgia....entre mil e outras detalhamentos dele. Pois é, foi esse que fizeram em mim.
Mas eu queria o natural então toda vez que alguém me perguntava algo relativo ao parto cesárea, eu simplesmente explicava que queria parto normal.
Troquei 3 vezes de GO por não achar um que realmente se preocupasse com o nascimento da minha filha. Na terceira vez, achei um que era um doce, super calmo, carinhoso, uma beleza de médico, pena que só depois fui descobrir que era um cesarista.
Expliquei para ele que eu queria parto normal, e toda vez ele me respondia que precisaria ver se a minha bacia teria estrutura para aguentar um parto normal. Oi? Como assim?
Só que eu ainda não tinha entendido que seria mãe, não procurava ler sobre o parto nem nada disso, só sobre o bebê e como ela provavelmente estava.
Com 24 semanas comecei a fazer hidroginástica para preparar meu corpo para o nascimento dela. Fui um mês e parei, porque estava organizando o casamento, porque trabalhava, porque sentia muito sono, porque faltava vontade e outras mil e uma desculpas. Ao invés de mudar minha alimentação, eu comia porcaria quase todo dia, e isso ajudou MUITO ao meu corpo acumular liquido demais, e a inchar e a pressão subir. Lembro que corremos para o hospital 2 noites seguidas, quando eu estava com 36 semanas, com contrações fortíssimas, malditos pródromos. Vinham umas semi contrações e a bichinha era forte pra burro, eu entrava embaixo do chuveiro e nada de passar, deitava e nada, realmente acreditava que estava entrando em trabalho de parto e aí quando eu entrava na porta do hospital, as contrações desapareciam.
Puta merda sei que estava cedo mas eu estava tão imensa que não aguentava mais.
Eu estava tão ansiosa para ver o rostinho dela, para tê-la em meus braços que esqueci de perguntar se ela estava pronta para vir ficar aqui do lado de fora.
Quando completei 37 semanas e 6 dias, estava ansiosissíma para o primeiro toque que diria se meu corpo teria capacidade de se abrir o bastante para passar um bebê por ali. Onde já se viu tamanha ignorância? Maldita falta de conhecimento sobre o assunto.
Chegando na consulta, 1h e meia na sala de espera, subimos ao consultório uma escada com uns 30 degraus que poxa, mata qualquer grávida. Chegando lá, mede pressão, ouve o coraçãozinho, pesa, mede a barriga e pede para levantar. Seguiu o diálogo então:
Eu: - Mas Dr, e o toque? O combinado foi hoje para decidirmos sobre o parto.
Ele: - Não vai precisar.
(silêncio e uma cara de ANH?)
ELE: - Não vai precisar porque você vai ganhar a sua bebê hoje. Sua pressão esta alta e isso pode ser fatal para você e para a bebê. Eu prefiro não arriscar, mas se você quiser, é por sua conta e risco.
Porra um médico dizer para uma mãe de primeira viagem, que seu bebê pode morrer porque você escolheu esperar o tempo dele é muita sacanagem. Ninguém me forçou a fazer uma cesárea, mas jogar uma bomba dessa no meu colo também não foi nem um pouco certo, ao meu ver ele praticamente me disse que o bebê morreria e que a culpa disso seria minha.
É claro que eu optei por fazer uma cesárea, já que senão eu estaria declarando que queria morrer e que deixaria o meu bebê morrer. E enquanto eu estava lá, com falta de ar por causa da "maldita" RACK (que nesse caso é muito bendita, porque olha, impossível sentir sua barriga sendo cortado/queimada e não desmaiar) com ânsia de vômito por tanta ansiedade em tê-la em meus braços dali a pouco, os médicos conversavam de viagens e faziam piadas sobre suas sogras (que inclusive a do meu médico, morreu no dia em que eu iria receber alta do hospital). Porra minha vontade era gritar: GENTE, TÁ NASCENDO UM BEBÊ AQUI, E EU NÃO QUERO QUE ELA VENHA AO MUNDO OUVINDO VOCÊS FALANDO DE SOGRAS, DÁ PRA CONCENTRAR?
Então de repente eu ouvi o chorinho dela, eu a ouvi, e eu queria ela perto de mim, mas ela estava nas mãos dos médicos que na verdade estavam mais preocupados com viagens do que conosco. Nas mãos de quem nem sequer a amava. Trouxeram ela pra mim e eu senti a maior alegria da minha vida, seguida de uma ânsia de vômito causada pela anestesia fortíssima que ela e eu tomamos.
O melhor momento da minha vida será associado a vômito, para sempre.
Depois de me fecharem, me levaram para o quarto, onde eu não pude me levantar por 5 horas, enquanto eu morria de vontade de ir ao banheiro. Enquanto meu corpo se coçava por inteiro e eu tremia toda sem sentir frio, me trouxeram ela para mamar. E ela não mamava, não conseguia sugar, porque ainda não estava pronta para nascer, porque sua boquinha ainda não sabia o que era sugar.
E depois de tudo isso eu prometi pra ela, eu prometi pra mim, que NUNCA mais passarei por isso. Nunca mais isso acontecerá de novo. Meu próximo bebê virá ao mundo da forma mais natural possível, na hora que ele(a) quiser, do jeito que ele quiser e se possível, em casa. (Todas pasmam agora)
Onde já se viu agendar o dia que seu bebê deve nascer?
Alguém perguntou pra ele se ele esta pronto para nascer? Se ele esta pronto para aguentar tudo que esse mundo mau tem a proporcionar?
A cesárea é uma cirurgia que salva vidas, mas não é para ser feita sem a mãe entrar em trabalho de parto. É risco demais para um bebê.

Eu espero que muitas grávidas ao lerem esse relato ao invés de dizerem ter medo da dor do parto normal, digam que tem medo de passar por uma cirurgia DESNECESSÁRIA.
Um batcho mamaiis

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Não deixa pular a janela, que vira ladrão!

Quase 9 meses de Alice, faltam apenas 3 dias para ela completar 9 meses. Sério que eu pisquei e ela virou quase mulher já. Tô boba com tudo isso.
Aliás, estava me lembrando ontem de como tudo foi no início, de como foi difícil aprender a ser mãe, a distinguir cada chorinho, a entender as cólicas e a enfrentar 568974 mulheres que muitas vezes nem mãe são, mas se julgam melhores do que você nesse seu novo "trabalho".
Quem diria então os maiores medos populares como:
- Se seu leite derramar no chão, seu peito vai secar.
- Não abotoa as roupas da criança e guarda, porque vai amarrar o crescimento dela.
- Não deixa pular a janela, porque criança que pula a janela vira ladrão.

E outros mil e um, que olha, se fosse real isso, a Alice seria um cotoco e mamaria mamadeira adoidado por aí.
Mas a premissa não é verdadeira meus queridos, Alice é bem chegada nesse peito de muxiba aqui.
Foi bem difícil lidar no início com comentários maldosos de outras mães, só por sermos pais novos. Que venhamos e convenhamos, o que é ser novo? Já que eu tenho 23 anos, formada, trabalho, tenho minha própria casa, meu próprio carro e tudo comprado com nosso dinheiro. Difícil responder essa pergunta. Na realidade, por sermos 'novos' muita gente internamente se convence de que você falhará, simples assim. E eu falhei e falho todo dia, erro horrores, e é assim que eu aprendo, assim como sei que SE VOCÊ É MÃE também falhou. Infelizmente não nasci com o software 'how be a mom' atualizado aqui e sempre necessito de uma atualização manual. Sinceramente, se você não é mãe, o melhor que faz é morder a língua para não dar pitaco, você não sabe de nada, e o pouco que você acha que sabe, vem de crendices populares. Sua opinião na grande maioria das vezes é totalmente descartável, ok? Afinal já é extremamente difícil lidar com a opinião de outras mães que sempre se acham melhores do que você. Continuemos então.
O que falar das expectativas não atingidas então? A Alice sempre foi extremamente precoce, super independente, aprendeu a virar com 2 meses e meio, se sentou rapidinho, firmou o corpinho, aprendeu a bater palminhas, aprendeu a dar tchauzinho, fala vovô/vovó/mom/papa/dada, adora ficar em pé, maaaaaas não engatinha já com quase 9 meses, aaaaah meus queridos, isso é o terror materno. As pessoas perguntam: Ela já anda? Você diz não, que ela é muito nova ainda para andar, e então dizem 'Ah, mas já engatinha né?' Não também. E o questionador fica lá com aquela cara de paisagem, te julgando como péssima mãe porque sua filha não engatinha com 9 meses. Afinal que bebê que não engatinha com essa idade Cristo? Ah só pode ter algum problema. A mãe devia beber, fumar, injetar durante a gravidez. E em seguida SEMPRE vem um comentário do tipo:
- Nossa, mas você não a estimula?
- Você já levou ela no médico pra ver isso?
- Olha, o filho da irmã da amiga da minha irmã, usou andador e andou com 10 meses, acho que seria bom você comprar um pra ela, pra ver se anda de uma vez.

Ninguém leva em consideração que ela ODEIA ficar de bruços porque paciência realmente não é o forte dela, e que ela adora ficar em pé e brincar de dar passinhos. Ninguém leva em consideração que cada criança tem seu tempo, e que a hora que ela estiver preparada, com certeza ela sairá correndo e eu vou me ferrar pra conseguir alcançá-la. Eu sei que vai ser assim, e caso seja diferente, eu continuarei a amando com todas as forças existentes no mundo.
Esses comentários infelizmente sempre virão, faz parte do crescimento de uma mãe, é uma das atualizações desse software, cada fase do seu bebê virá com um milhão de comentários aleatórios de pessoas que julgam conhecer seu filho muuuuito melhor do que você mesma.
Engula, brigue ou aceite que você é muito melhor que o que pensam de você, independente do que você faça ou qual seja a verdade, as pessoas sempre veem aquilo que querem ver.
Foi necessário muitos pitacos mentirosos pra eu poder enxergar isso, mas vale a pena demais!! Siga seu instinto porque mãe sempre sabe o que é melhor para o seu filho, e cada criança tem uma necessidade. No mais, be happy and fuck it up.
"I'm cute, mommy's hot, daddy's lucky"

 Um batcho babys




sexta-feira, 19 de julho de 2013

Não estranha, essa menina é cheia de manha

"A vida persiste dizendo não existe
Estrela tamanha
Essa menina é cheia de manha"

Essa menina é cheia dos reboliços, das caras e bocas, da linguinha pontuda na pontinha da boca, do sorriso sem igual,  da carinha boa, do coração puro, das birras terríveis, das noites nunca dormidas. Não estranha, essa menina é cheia de manha!
Eu nunca entendi as músicas românticas, sério, nunca havia vivido um amor igual aquele que eles cantam. Eles cantam felicidade sempre, sorrisos sempre, fidelidade, cantam que o alvo pensará em você assim como você pensa nele, só que a realidade é que cantam decepções, criam expectativas e apaixonam meninas por pessoas que não existem.
Hoje em dia eu sei que essas músicas são pra minha filha, todas elas, eu canto e ela se encanta e canta junto, só o meu colo a conforta, e é só ela balbucionar um 'mooom, moooom' que meus olhos enchem de lágrima, e esse é o amor puro, o amor incondicional com o qual qualquer mulher sonha a vida toda, é simples, sem muito esforço, tudo vem naturalmente, e tem sido assim desde que a Lica nasceu.
Desde o último post, ela decidiu que não queria mais mamadeira de novo, e agora não há NADA que possamos fazer, ela berra, vomita, chora, empurra com a mãozinha, o jeito é esperar mesmo a hora que ela estiver pronta. Se ela tem dormido? NÃO. Eu não durmo mais, e tenho me acostumado cada dia mais a isso, ela dorme as 21:30h e acorda de 2 em 2h, mama, dorme e acorda de novo, até as 5h da manhã, que normalmente é o horário em que ela diz Maaaaain acorda!
Eu acho seriamente que morrerei um dia, de sono mesmo, do tipo 'Ai coitada, morreu do quê? De não dormir'. Meu olho deve ter uma meta diária, de quantos saltos ele consegue atingir em um dia. Minha mente nem tem respondido mais as pessoas, nem pra discutir eu tenho mais forças e digo só um 'Ai nem vou comentar nada', tão cansada que nem pra formular respostas, a mente tem servido. 
E pasmem, eu VOLTEI a trabalhar! Só no período matutino, mas tenho feito isso diariamente, mesmo que eu vá passar o tempo no Supermercado, para que a dona Alice acostume.
Com isso, a dona Lica adquiriu a crise dos 8 meses, em que acha que a mãe nunca vai voltar. Deixo ela as 8h com a minha mãe e as 11:30h normalmente já estou de volta. E aí, dá-lhe colo meu o dia todo, não vai com ninguém, chora de amores, e só quer a 'mooooom'. E daí que ela nunca mais dormiu mesmo, mas tá bom porque agora eu nem sinto mais tanto sono, o que dói mesmo é o cansaço, falta vontade de me mover de um gomo do sofá para o outro.
Alguém tem um segredo pra fazer dormir, hein, receita médica, homeopatia, aplicação, amor próprio, preciso de levinho.
Com isso, me despeço de vocês, porque olha, tá dificílimo de pensar em como escrever algo legal. Portanto. Um batcho!





"As nove luas sobre o mar são suas
E o escuro embaixo dos seus pés é meu
Mas se você quiser a vida um pouco mais clara
Por você, querida, eu roubo os raios de zeus"

domingo, 30 de junho de 2013

1,2,3 Alice

Tá, me desculpem, perdão, i'm so sorry, pelos 5478343978 dias sem vir aqui escrever algo pra mim e pra vocês. Dessa vez eu quebrei feio minha meta e a vergonha, ou a falta dela, me fez vir aqui hoje.
O que houve de tão inesperado assim? A-L-I-C-E.
Nesses 30 dias sem vir aqui, a Alice descobriu o que é sentar sem as mãos, nasceram 2 dentinhos que estão imensos, lindos e brilhantes e minha atenção esta cada dia mais voltada totalmente a ela (e a festa de 1 ano dela). A danada, se segurar em nossas mãos, fica em pé já, vê se não é pra deixar a gente doida.
Sabe aquilo sobre ela ser super especialista em me deixar de cabelos em pé? Pois é negada, ela tem aprendido diariamente novas formas de me fazer gritar AI MEU DEUS!!!
Como eu já disse algumas vezes, ela tem aquela cadeirinha mágica, e desde o 1° mês de vida, é um dos passa-tempos favoritos dela. Deitar e assistir a Galinha Pintadinha. Tem coisa melhor? Não, ok. Como ela só ficava deitadinha, nós nunca colocávamos o cinto. Só que a dona Lica, precoce quase nada, descobriu que se sentasse ela poderia interagir melhor com o ambiente inteirinho ao redor, descobriu que os brinquedos que ela jogava longe, estavam ali, no outro universo do sentar, ao seu alcance, caso ela se sentasse. E ela fez isso, sem nem ter a pachorra de nos avisar. Quedita? Opa!
Eu tarra lá, fazendo o jantar, o maridon lavando a louça e a galinha pintadinha exercendo o seu turno diário, afinal, todos nós trabalhamos aqui em casa, nada mais justo, já que ela mora, dorme e pia o dia todinho. De repente, eu senti um calafrio, um treco meio estranho e percebi que o ambiente estava calmo demais, quieto demais. Fui até a sala e lá estava a dona Alice, estirada no chão, feliz da vida porque havia alcançado o seu tão amado chocalho, perdido há uns 15 minutos atrás. Imagina um ser indignadíssimo e desesperado ao mesmo tempo. Imaginou? Pois é, nem eu. O choque ainda remexe com as tripas. Nada aconteceu a ela, já a mim, recorri aos fabricantes do Dorflex, porque esse treco não tem feito mais efeito não.
Mas, após esse episódio terrorístico, a Alicinha floridinha aprendeu a se sentar sem as mãos, sem apoio, toda loira, linda, leve e solta. E já tem ensaiado um pré engatinhamento. Fala se não é uma Gisele Bunchen gente.
O cabelo dela tem crescido um pouquinho nas extremidades, igual a um moicano loiro. Ela super interage agora conosco e já diz Mom, mom, de tanto ouvir o dia inteiro, tô na merda. Como inúmeras vezes, eu chamo o pai dela de Gustavo, em grande parte quando eu estou puta com alguma coisa, ela também tem repitido o Gu, Gu, mas sei lá, deve ser fome.
Por acaso, come igual a uma draga, bate um pratão de caminhoneiro. Não curte muito o arroz não, manda bem um feijãozinho, jajá tá comendo baião de 2.
Tem sido delicioso e ao mesmo tempo doentio. Estou cada vez mais apaixonada por ela, morro de ciúmes mas morro de amores também, tá bom assim né? Assim pode.
E como desde os 2 meses dela eu já estava me preparando para o aniversário de 1 ano, isso tem se tornado cada dia mais real. Contratei a decoração, com um pessoal bem legal. Contratei o fotógrafo. Contratei os comes e bebes e seus garçons. Falta somente finalizar o local e algumas outras questões. Mas como desde que eu me entendo por gente, até os 21 anos, trabalhei com publicidade, estou fazendo toda a papelaria do aniversário. Isso incluí: Convites, lembrancinhas, toppers de cupcake e alfajor, etiquetas para refrigerantes, etiquetas para bisnaga....e trilhões de coisas que têm garantindo que as 24h do meu dia sejam muito bem ocupadas, obrigada.
Tá, eu não cumpri grande parte das minhas metas ainda, e já é meio do ano pohaaaan, (aliás aniversário semana que vem hein? Sábado, e a melhor opção de presentes é produtos para cabelo. Ah! E roupas. Não esquecendo que sapatilhas também são muito bem vindas) maaaaas, eu cumpri duas de forma honório!

TROCAMOS O CARRO

Para nossa alegria, e infelicidade das inimigas, vendemos o Fox 2006 2p, e compramos um outro carrinho que tem feito nossos dias extremamente felizes. Ele tem 4 portas e um porta-malas gigantesco. Hell yeah!!! Só não divulgo o nome do carro e ano, porque né? Vai saba o tipo de gente que passeia por aqui, nem eu sei como vocês aguentam ler tanta bobeira. Sério.

SER UMA MÃE EXCELENTE

Modéstia parte minhas queridas, mas tenho tirado de letra. Mentira, mentira. É dificil, e eu quase me suicido todo dia e até os meus planos de ter um outro baby daqui há 2 anos, estão bem escondidos lá no fundo do guarda-roupa, quase rasgando e jogando fora, ficando só com a Lilicalicalicalicalicalica. Mas eu não voltei a trabalhar nas ruas ainda, isso mesmo a Alice mamando 3 mamadeiras por dia. Ela não largou o peito ainda e chora de saudades quando eu me ausento mais de 2h. Faz a maior farra quando eu volto, e não me larga por ninguém. Ah, e ela continua sem dormir a noite todinha, acorda umas 2/3x para mamar o peito, mesmo depois de mamar uma mamadeira de 200ml antes de dormir. Como nós ainda não estamos com uma necessidade brutal que eu volte pra labuta, estou adiando. Sinto que ela não esta preparada. Ou será eu? Acho que a 2ª hipótese é a mais provável. Nós nos damos tão bem, que ficar longe dela, dói demais, e venhamos e convenhamos, sobre o que mais eu sei falar, há não ser dela?

Mas é isso meninas, perdon por ter ficado tanto tempo longe, me esforçarei de verdade mesmo para que isso não aconteça novamente ,mas sacoméné?
Um batcho e deixo pra vocês o mais gostoso sorriso do mundo, agora de uma perspectiva diferente.


Ps1:Tô com tanto tempo pra postar que agora é 1h da manhã, a internet está fora (O MUNDO É DOS NET, sqn) e esse post foi escrito no bloco de notas.